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REFERÊNCIAS POÉTICAS

Louise Bourgeois   

1911, Paris – 2010, Nova York

A artista Louise Bourgeois quando por ocasião de sua produção de Aranhas em larga escala e dimensões, as associou à “grande mãe tecelã” que com suas oito patas análogas às agulhas, tecem incansavelmente.
“A aranha é uma homenagem a minha mãe, que foi minha melhor amiga”, escreveu a escultora – depois de ser interpelada sobre sua obra mais expressiva. “Mamã, assim como as aranhas, era tecelã, comandava com muita esperteza o ateliê de restauração de tapeçarias de nossa família e era super protetora dos filhos.” Na opinião de Louise, nada mais adequado do que transformar a figura maternal numa aranha, gigantesca, com 26 ovos de mármore no ventre.   

https://ocaisdamemoria.com/2015/04/05/maman-louise-bourgeois/ 

www.gettyimages.pt/imagens/louise-bourgeois-681579

 

Neespon

Varsóvia, Polônia

A artista tecelã polonesa Nespoon define suas rendas como “jóias públicas”, objetos de desejos distribuídos em pontos aleátorios das cidades com o objetivo de envolver o olhar das pessoas durante seus deslocamentos. A artista utiliza o próprio crochê e também diferentes técnicas para representar bordados e rendas, tal qual o estêncil ou pequenas esculturas de cerâmicas elaboradas manualmente. A finalidade de sua arte urbana é despertar emoções  positivas nas pessoas.

https://www.behance.net/NeSpoon

 

Ágata Oleksiak

2015

A artista polonesa radicada nos EUA utiliza fios coloridos para tecer incansavelmente crochês que cobrem tudo o que encontra pela frente; desde carros, bicicletas e pessoas até grandes arquiteturas. Olek não trata sua prática do crochê somente como forma de arte visual, mas também como um catalisador para mudanças sociais como são os casos do Crochet Grafitti que ela aplicou em um albergue na Índia e do projeto #ourpinkhouse (Nossas Casas Rosas), na Suécia. Na India, com a participação das moradoras do abrigo Raine Basera, a artista cobriu toda a construção, despertando um senso afetivo, ao mesmo tempo em que a intervenção também proporcionou visibilidade internacional para a situação local das pessoas em situação de rua.  

oleknyc.com/

 

The Heidelberg Project


O Projeto Heidelberg ("HP") é um ambiente de arte ao ar livre no coração de uma área urbana e uma organização comunitária baseada em Detroit com a missão de melhorar a vida das pessoas e dos bairros através da arte.
A teoria da mudança para o Projeto Heidelberg começa com a crença de que todos os cidadãos, de todas as culturas, têm o direito de crescer e prosperar em suas comunidades. A HP acredita que uma comunidade pode reconstruir e sustentar-se, de dentro para fora, abraçando suas diversas culturas e atributos artísticos como os blocos de construção essenciais para um modo de vida satisfatório e economicamente viável.

https://www.heidelberg.org/

 

Tyree Guyton 

 

Tyree Guyton é um artista americano defensor da arte Graffiti e da arte ambiental urbana. Ele travou uma guerra pessoal contra a barragem urbana no East Side de Detroit, transformando seu bairro de infância em um museu de arte indoor / outdoor vivo. Através de sua arte, Tyree chamou a atenção para a situação dos bairros esquecidos de Detroit e estimulou a discussão e a ação."Quando você vem ao Projeto Heidelberg, eu quero que você pense - realmente pense! Minha arte é um remédio para a comunidade. Você não pode curar a terra até você curar as mentes das pessoas ", diz Tyree.

www.tyreeguyton.com

Mônica Nador 

1995, Ribeirão Preto, São Paulo

Mônica Nador é uma pintora, desenhista e gravadora paulista que inicia sua carreira em 1980, com telas de grandes dimensões de listras justapostas que exploram as cores e suas dimensões. A partir de 1999 praticamente abandona este trabalho e começa a desenvolver grandes murais em comunidades carentes, onde passa também a morar.
                                                                   
“Eu percebi que se gastava muita tinta dentro de museu enquanto tinha muita parede precisando de cor por aí” 
 
Assim surge o projeto “Paredes Pinturas” em que com a ajuda de seus vizinhos a artista pinta fachadas de casas tendo como inspiração motivos decorativos escolhidos pelos próprios moradores, que também aprenderam com Mônica a técnica do estêncil.
Aos poucos, as cores dos muros transformam a realidade das comunidades: as ruas sem nome ficam conhecidas por suas paredes pintadas, como por exemplo a Rua do Jacaré, onde se encontra um muro estampado com o animal. Em 2004 nasce o JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube que reuniu artistas, universitários e moradores do Jardim Miriam, na periferia de São Paulo, e se tornou referência em ação que junta arte e ativismo social. Dos muros, o projeto se estende até a criação de estampas em tecido e roupas pela própria comunidade. Em 2015, a exposição Mônica Nador + Jamac + Paço Comunidade apresentou o resultado de oficinas colaborativas de estêncil realizadas em parceria com a artista.

https://www.ufrgs.br/arteversa/?p=735

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